Minha amada possui o perfume sutil,
Aroma que o meu ofato putrefato
Insiste em transformar na imagem dela
Naqueles olhos...Tão lindos olhos rasgado,
Tão claros e iluminados
Quanto a luz do dia,
Luz que quase não vejo mais
Jogado em meu quarto fechado
Desejando a tão abençoada morte
Que por mais que eu tente
Ela também insiste em não levar-me.
Amaldiçoada morte que quer escolher
O que te custa usar sua foice em mais um
Se já fazes em tantos que nem querem te acompanhar
Talvez seja esse seu deleite
O seu acompanhante se debatendo para não ir.
Mas o que me vale viver sem ao menos vê-la
Estive perdido tantos meses em meu quarto
Que o cheiro da catacumba que me espera
Só é quebrado pelo doce perfume dela
Eu me lembro bem a ultima vez que ela passou por mim
Ela olhou-me por uns instantes depois sorriu
Com os lábios e com os olhos
Olhos maravilhosos contornados por uma daquelas coisas
Que eu nem imagino qual é nome....
E os cabelos jogados sobre eles
Foi só por uns instantes... Mas...
Voltando a falar do perfume dela...
Ah... O perfume dela é pessoal e particular
Eu diria até que é uma violação senti-lo
Mas eu gosto tanto.