Eu não sou o meu nome
Nem tampouco onde vivo é o meu lar
Minha cabeça dá mil voltas
De tanto ir e voltar
Procurando por resposta
Vivo num constante vagar
Se não atinjo meus limites
Não adianta chorar
Essa inconstância desmedida
Sempre será meu dilema
Eu tento fazer poesia
Se nem sei fazer poema
Canções não me emocionam mais
É como se a letra eu não entendesse
Essa angustia me espreme
Seria tão bom se eu morresse!
Nas fibras do meu pensamento
O tempo custa a passar
Tudo em movimento contínuo
E eu parado a esperar
Migrado dentro de mim,
O meu ser que era externo
Mas se eu sair eu enlouqueço
Por não aguentar esse inferno
Diversos caminhos me atraem
Mas nem assim eu tenho sorte
O alcance fica distante demais
E nenhum me leva a morte.
Nunca mais vou descansar ao sol
Jogado na areia dourada
Nem terei mais a paz
Da noite enluarada.
Não mais verei o sorriso dela
No rosto de expressão serena
Nem mesmo o descanso esperado
Que a divina morte me frena.
Luka Hard
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